quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Por que eu tenho que entrar no BBB?


Por que o tal MURPHY inventou a lei dele? Alguém pode me dizer? Justo no mês que eu gritava aos quatro Cantos que eu estaria folgada das minhas finanças, os bancos resolveram entrar em greve. Resultado: demorei para receber, os credores não querem saber, meu cartão foi bloqueado e os juros fizeram o resto. Isso me fez pensar que talvez eu esteja na ocupação errada. Talvez eu deva procurar fama. Sim, porque pessoas famosas de fato devem ter o tal gerente amigo e presente vinte quatro horas por dia que as propagandas dos bancos mostram. Independente de greves.


Talvez eu deva me tornar uma daquelas subcelebridades onde você pode ver insira profissão entre parênteses do lado de seus nomes nos blogs de fofocas. Não, melhor, eu devia ser uma ex-BBB . Eu posso me escrever. Há vários motivos pra eles me aceitarem. Primeiro: já houve negros, gays, nordestinos e até um cowboy, mas nunca tiveram alguém com menos de um metro e sessenta. Não é justo que deixem essa minoria sem representante. Segundo: eu também tenho uma história triste. Minha vida nunca foi fácil. Teve Natal que eu não ganhei o que queria, eu nunca tive o meu pônei dos sonhos, não sei assobiar e nem andar de bicicleta. Triste, não? Mas o pior eu não vou contar agora. Vou deixar para o momento quando eu me sentir ameaçada lá dentro da casa. Se funcionou com o Dourado, vai dar certo pra mim. Terceiro: nunca uma KAREN ganhou o programa, na verdade, nunca se teve uma KAREN no programa.


Quarto: eu iria fazer muita polêmica, do jeito que o Boninho gosta. Seria só eu dizer que um dia eu já achei o bonito, o FIUK horrível e o Meteoro da Paixão sem graça que eu já ia virar a polêmica. Quinto: lavar o cabelo por três meses com Niely Gold de graça me faria um bem enorme. Mas não só lavar o cabelo de graça, mas comer, viver, dormir de graça numa casa enorme. E por último, eu já tenho até design da camiseta da minha torcida e tenho um dinheiro guardado pra leva todo o mundo pro Rio pra torce por mim nos paredões. Mas pensando bem, se eu vira uma celebridade, vai chover parente desconhecido pedindo dinheiro e cafajestes dando entrevistas pra Ti-ti-ti. Não, é melhor eu continuar com os meus problemas de anônima que um dia a grave acaba. Já o rótulo ex-bbb te persegue para sempre.

*Crônica feita para a cadeira de Radiojornalismo III

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