terça-feira, 18 de maio de 2010

A Bela Ensandescida


Hiii

Depois do belíssimo post da Rô sobre esmaltes (que eu confesso que amei porque agora não vou precisar me sentir uma idiota-com-Mal-de-Parkinsom-que-não-sabe-pintar-as-unhas, mas também porque eu amei a imagem que abre o post que eu encontrei! Queria um macaquinho assim!), vou continuar a saga "os contos de fadas não são bem assim, pessoal".

Recapitulando...
• Tudo começou com a história de Alice no País das Maravilhas aqui, onde foi levantada a questão se a história não teria referências à drogas, porque talvez o próprio autor usava.
• Depois, analisamos o conto de Chapeuzinho Vermelho aqui, cuja versão original é tão sangrenta quanto a editoria de polícia de um jornal sensacionalista.

Hoje, então é a vez de a história da Bela Adormecida ser contada com seus mínimos detalhes.


CONTANDO PESADELOS
Sexo com pessoa em coma e feitiçaria são o tempero de Bela Adormecida, história que tem até uma versão feito no Brasil




À MODA ITALIANA
Giambattista Basile apimentou a história no século 17

1- FARPA MALDITA
Ao mexer num tear, uma farpa entra sob a unha de Tália, provocando sono imediato – maldição prevista desde sua infância. Desconsolado, o pai abandona a casa, largando a filha adormecida sozinha.

2- NOIVA CADÁVER
Numa caçada, o rei, que já era casado, se encanta por Tália e, antes de partir, transa com a moça apagada! Ela ainda engravida de gêmeos. Um dia, ao tentar mamar, um deles chupa o dedo da mãe e retira a farpa, despertando-a.

3- AMADA AMANTE
Um ano após o encontro, o rei volta à floresta, encontra Tália acordada e passa a esticar as caçadas para manter a vida dupla. A esposa desconfia e põe um espião na cola do rei.

4- QUE OGRA DE SOGRA
Agora a vilã é a mãe do rei. A sogra de Bela – que não tem nome nesta versão – é uma ogra, faminta por crianças! Não à toa, o rei não conta nada À megera sobre seus netinhos.

À MODA FRANCESA
Nas mãos de Charles Perrault, o final é violento

1- GUARDA NA DESPENSA
O cozinheiro esconde as crianças e abre o jogo com Bela – que a rainha também estava a fim de jantar. Ao ouvir o choro das crianças, a rainha descobre o engodo e resolve cozinhar todo o mundo.

2- BANQUETE DE GENTE
Furiosa com o filho por assumir Bela como rainha, a ogra ordena ao cozinheiro que faça para ela um rango com a carne do neto e da neta. O criado, porém, serve carne de carneiro e de cabrito para enganá-la.

3- CALDEIRÃO ANIMAL
O caldeirão que vai ferver geral é recheado com sapos, víboras, enguias e cobras. No último instante, porém, o rei aparece e a ogra, amedrontada, se joga de cabeça, sendo devorada pelas feras.


BELA DO BRASIL
A versão brasuca também sangra

O escritor brasileiro Sílvio Romero publicou, em 1885, em Contos Populares do Brasil, a história de um rei que, numa caçada pela floresta, se apaixona pela camponesa Madalena Sinhá. Em seguida, o rei constitui uma segunda família no campo, mas é delatado por um servo da rainha. No final, a amante e a rainha saem na mão até que Madalena mata a rival, com a ajuda do rei. E o servo dedo-duro acaba degolado.


Aham, estamos assim também, macaquinho! ahahahahaha



Beijo, beijo.

2 comentários:

  1. Kareeeen, o tal rei é o próprio pai da Tália, que então não se chama Bela??
    Que história, e essa imagem tá muito medonha. :s

    Mas confesso que essa versão é bem mais legal. Poderia ter uns filminhos assim de vez em quando, pra substituirem aquelas coisas fofas cantadas da Disney... haha

    Beeeijo*

    ResponderExcluir
  2. Ah ,a tua pergunta foi bem pertinente, respondi!
    Beeeijo*

    ResponderExcluir